Coragem, abertura e sinceridade: Samuel Rosa descreve primeiro álbum solo
06/12/2024
(Foto: Reprodução) Ao g1, artista contou sobre desafios e prazeres da carreira solo e sobre o histórico com o Skank. Samuel Rosa se apresenta em Curitiba neste sábado (7). Samuel Rosa fala sobre importância da mudança ao lonfo da carreira
Sinceridade, abertura e coragem. É assim que o cantor Samuel Rosa descreve os elementos do "Rosa", primeiro álbum solo da carreira.
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Depois de mais de 30 anos fazendo parte do Skank, os integrantes da banda decidiram seguir caminhos diferentes em 2023.
O disco solo de Samuel é um dos primeiros frutos da separação amigável da banda. O cantor destaca a liberdade e a responsabilidade na criação da obra.
"Mais do que nunca eu tinha que fazer valer. Eu tinha que justificar essa baita guinada na minha vida e na minha carreira. Ou seja, agora, eu vou sozinho, agora eu respondo sozinho por acertos e erros", afirma.
"Rosa" passeia por aspectos semelhantes as das canções feitas para o Skank, no entanto, apresenta para o público uma faceta divertida, ímpar e um tanto quanto esperançosa do artista. Tudo isso, reflexo da vida pessoal e profissional dele.
"Estou vendo como um recomeço, como algo que me traz uma sensação de frescor enorme, um rejuvenescimento. Isso está muito dentro das coisas que eu busco para esse último terço da minha vida que eu vou viver agora. Eu vou fazer 60 anos daqui dois anos, e eu preciso me programar. Eu preciso ver o que é, como é que eu quero, quais os contornos que eu vou dar nessa etapa", detalha Samuel.
As canções do álbum serão tocadas neste sábado (7), em Curitiba, onde Samuel Rosa se apresenta na 5ª edição do festival Prime Rock Brasil.
Na programação, ao lado dele, estão outros grandes clássicos do rock nacional, como Biquini, Ira!, Blitz, Humberto Gessinger, Titãs e Dado & Bonfá tocando Legião Urbana.
Os ingressos custam a partir de R$ 210. O evento tem apoio da RPC e é possível resgatar um desconto por meio do aplicativo Você na RPC. Veja como a seguir.
Mudança como combustível
Samuel Rosa
Érico Andrade/g1
Samuel Rosa destaca que a vontade de mudança não é uma novidade na carreira. Ele atribui a ela um dos motivos pelo qual o Skank passou tanto tempo fazendo sucesso.
"Eu vou sempre buscar a mudança até onde der. Até onde alcançar. Eu acho que é a única forma de sobrevivência. O Skank era assim. O Skank mudava o seu som toda hora. As pessoas perguntam: 'Por que vocês terminaram?' A pergunta não é essa. A pergunta é: 'Por que durou tanto tempo?'. São raríssimas as bandas que duraram tanto tempo, com a mesma formação, e com o mesmo nível de atividade. Eu senti que uma das formas de você se perpetuar, de você continuar o seu caminho, é evitando a repetição", defende.
Ele destaca que neste processo é importante a prudência e a memória das coisas que já fez, a fim de manter a coerência e a lucidez.
A metamorfose querida por Samuel tem muito a ver também com a versatilidade imprimida ao longo da carreira do artista. Skank é, talvez, uma das bandas brasileiras mais democráticas e que conversam com a maior quantidade de estilos musicais diferentes, nunca sem perder a coerência.
A discografia do artista conta com parcerias e colaborações com artistas como Lô Borges, Ivete Sangalo, Terno Rei, Vitor Kley, Capital Inicial, Daniela Mercury, Cachorro Grande, Gilberto Gil, entre outros.
Toda essa flexibilidade flui de forma natural, segundo Samuel.
"Na hora na música, eu não tenho bandeira, vertente, tipo 'essa é a minha prateleira e daqui eu não saio'. Pelo contrário, eu quero é esculhambar mesmo. Eu quero chutar a porta das fronteiras. Eu acho que é assim que a gente avança", afirma.
O músico atribui o fenômeno à formação musical plural que teve e revela que, para o futuro, pretende ampliar o leque ainda mais e criar coisas junto com cantores de rap, por exemplo.
Os planos contam também, obviamente, nos trabalhos que envolvem o "Rosa", um álbum ainda bem recente, mas que já tem mostrado bons frutos.
Entre eles, indicações em listas de melhores álbuns do ano, por exemplo, e a possibilidade de um "Rosa Sessions", uma versão do álbum toda feita ao vivo, e com convidados.
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