O que se sabe e o que falta esclarecer sobre caso de médico suspeito de matar a própria mãe no Paraná
02/12/2024
Rafael Nicoluzzi foi preso em flagrante por feminicídio. Polícia investiga motivações financeiras. Defesa pediu avaliação psiquiátrica do médico. Rafael Nicoluzzi está sendo investigado
CRM/Reprodução
Trem descarrilou na noite de quinta-feira (28)
Raphael Costa/RPC
A Polícia Civil está investigando o médico Rafael Nicoluzzi, preso em flagrante suspeito de matar a própria mãe em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná.
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O crime aconteceu na sexta-feira (29). A vítima foi identificada como Erondina de Oliveira, de 73 anos.
O homem tem 35 anos, foi preso em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva.
A polícia apura se a motivação do crime foi financeira.
A defesa de Nicoluzzi pediu à Justiça uma avaliação psiquiátrica do médico, que disse aos policiais que não atuava mais na função há um tempo por ter sido afastado por apresentar transtornos psicológicos durante os plantões.
Veja, abaixo, o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso:
Como aconteceu o crime
Como a polícia descobriu o crime
Como era a relação entre a mãe e o filho
O que diz a defesa do médico
O que falta esclarecer sobre o caso
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1- Como aconteceu o crime
O médico Rafael Nicoluzzi morava com a mãe em um apartamento no centro de Ponta Grossa.
De acordo com a Polícia Civil, vizinhos relataram que escutaram uma briga entre os dois na madrugada de sexta-feira (29).
O corpo da mulher foi encontrado pela manhã com sinais de agressão na cabeça, rosto e braços, e Nicoluzzi estava com arranhões no pulso e braço esquerdo - "lesões comuns de serem causadas por vítimas para defesa", diz a corporação.
"Provavelmente, ela foi agredida com socos e o agressor bateu a cabeça da vítima contra o solo. Inclusive, é o que foi escutado por vizinhos durante a madrugada", disse o delegado Guilherme Fontana.
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2- Como a polícia descobriu o crime
Médico suspeito de matar a mãe é preso em Ponta Grossa
Inicialmente, Nicoluzzi acionou a Guarda Municipal afirmando que encontrou a mãe morta no apartamento.
Por imaginar que o óbito teria acontecido por causas naturais, a equipe o orientou a acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) - procedimento padrão nestes casos.
Porém, ao chegar no local a equipe do SAMU identificou os sinais de agressão e acionou a polícia e a Guarda Municipal.
O médico foi preso em flagrante por feminicídio.
3- Como era a relação entre a mãe e o filho
De acordo com a Polícia Civil, vizinhos relataram que ouviam constantemente brigas e agressões entre o suspeito e a vítima.
A corporação também afirma que o corpo da mulher possuía hematomas de colorações diferentes, indicando que ocorreram agressões anteriores, em datas diferentes.
O delegado responsável pela investigação, Wesley Vinícius, afirmou que segundo a apuração preliminar a motivação do crime pode ter sido em decorrência de motivos financeiros, uma vez que a vítima estava sustentando o filho.
4- O que diz a defesa do médico
Defesa pede avaliação psiquiátrica de médico suspeito de matar a mãe em Ponta Grossa
À polícia, Nicoluzzi disse que não atuava mais como médico há um tempo, alegando que foi afastado da função por apresentar transtornos psicológicos durante os plantões. Nenhum laudo médico foi apresentado.
No sábado (30), a defesa do suspeito pediu à Justiça uma avaliação psiquiátrica do cliente.
Caso o resultado confirme transtornos psiquiátricos, o suspeito será direcionado para uma unidade de atendimento médico, explica o advogado de Rafael, Yuri Kozan.
"Na sequência, será instaurado um incidente de insanidade mental para que um perito médico oficial da Polícia Científica avalie se Rafael, no momento do fato, caso ele tenha ceifado a vida de sua mãe, tinha capacidade de entender o caráter ilícito da própria conduta", detalha o advogado.
O cadastro do médico conta como ativo nos Conselhos Regionais de Medicina (CRM) do Paraná e de Santa Catarina.
Em nota, o CRM-PR disse que acompanhará o caso e que manifesta pesar à família e amigos.
"Até então, trata-se de assunto particular que não envolve atividade profissional, razão pela qual se espera que as autoridades competentes atuem com isenção e dentro das suas atribuições", disse o conselho.
O g1 também entrou com contato com o CRM-SC aguarda resposta.
5- O que falta esclarecer sobre o caso
Sobre o caso, falta confirmar se a motivação do crime foi financeira e aguardar o laudo psiquiátrico do suspeito para verificar se ele sofre de algum transtorno.
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